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Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo
Andar pelas ruas da capital mineira [Belo Horizonte, Brasil] ao lado do mecânico Max Costa, 38 anos, não é uma tarefa fácil. Isto porque no alto dos seus 1,83 m – bem definidos –, se acrescentam mais 15 centímetros de salto, além de modelitos e acessórios femininos para lá de ousados. Ele transforma-se numa verdadeira atração. Não há quem não olhe. Algumas pessoas até arriscam comentários discretos. Se ele se importa? Não. “Venci o preconceito e assumi a minha verdadeira identidade”, diz Max, que desde os 12 anos de idade se descobriu como crossdresser – definição de homem ou mulher que se veste como o sexo oposto.
Apesar do visual um tanto inusitado, Max garante que não sente atração por homens e que já teve algumas namoradas: “Uma delas não se incomodava de sair em público comigo vestido de mulher. Outra propôs-me que só namoraria se eu vestisse roupas femininas apenas dentro de casa. Claro que não aceitei”.
O gosto excêntrico surgiu ainda garoto, quando Max começou a usar as roupas e os sapatos da irmã mais velha. “Sempre que ela saía eu aproveitava para experimentar algumas peças. Até que ela começou a perceber que algumas roupas como cueca e sutiã estavam a desaparecer do seu armário”, brinca. Para ele, vestir-se de mulher é uma realização, um fetiche que lhe traz sensação de liberdade e bem estar.
No seu armário, vestidos “tubinho”, colãs, minissaias, e, é claro, as tradicionais peças íntimas femininas, que não podem faltar. “Quase não uso boxers, e, às vezes, mesmo usando macacão de mecânico, coloco sutiã”. Numa ocasião, uma colega de trabalho deu-lhe um abraço e estranhou quando passou a mão nas suas costas. “Ela ficou chocada ao sentir as alças do sutiã”.
Para acertar nas medidas, Max conta com a ajuda de uma costureira, que ajusta ou faz modelos exclusivos para ele, de acordo com as suas encomendas. Com relação aos biquinis, ele manda fazer o bojo para dar enchimento nos seios. As suas estampas preferidas são as de onça ou coloridas, e como acessórios, gosta de usar brincos grandes de pressão, pulseiras e bolsas. Mas a sua grande paixão são mesmo os sapatos. “Tenho uma coleção de Melissas, de todos os modelos, e gosto muito de sandálias com o salto anabela. Não curto muito rasteirinhas”, explica.
Quando vai aos shoppings ou feiras para comprar roupa, surpreende sempre os vendedores. “Num dos poucos dias em que estive vestido de homem, e saí para fazer compras, quando a empregada perguntou se era para a minha namorada, disse que era para mim. Ela achou que era uma partida”.
Mesmo no clube, o mecânico faz questão de usar roupa feminina.
O dia a dia de Max é sempre inusitado. Com acontecimentos que variam desde motoristas de autocarro a parar o veículo para o convidar a subir, até piropos de pedreiros. Certa vez, um motorista distraiu-se a olhar para o Max Costa e chegou a bater. “Levo tudo numa boa. Sei que a minha aparência foge do tradicional e chama a atenção das pessoas”. Apesar de dispensar maquilhagem, não ir à manicura e de usar cabelo bem curto, Max é vaidoso e faz ginásio todos os dias. Sempre vestido de mulher. “Os alunos novatos estranham quando me vêem no wc masculino, mas depois que conhecem-me, ficam ‘na boa’”.
Apesar de bem resolvido, Max conta que o maior preconceito que sofre é dentro de casa. Ele mora com a família no bairro de Lourdes. O pai, ex-militar, e a mãe, não aceitam seu estilo de vida. “Na minha casa só uso roupa de homem. A minha família já me levou a psicólogo, psiquiatra e até a um centro espírita. Não entendem que o fato de me vestir como mulher não significa que sou doente”.
Para o psicólogo Luiz Cláudio Araújo, não existe nada de errado em ter fetiches. “Um crossdresser é apenas uma pessoa que, no seu íntimo, tem o desejo de expor a sua feminilidade. Não se diferencia da menina que quer ser uma barbie, do jovem com estilo gótico, das funkeiras que querem mostrar o corpo, por exemplo”. Para ele, o fato de um homem se vestir de mulher provoca espanto e até repulsa na sociedade, por conta do machismo existente. Mas ressalta: “Os conceitos de masculinidade vão além do estereótipo externo. Nem todo o homem que veste roupa masculina é heterossexual, e vice-versa.O que assusta é quando alguém coloca em evidência aquilo que muitos gostariam de ser e não têm coragem de expressar”.
Mais fotos aqui.
Fonte: Portal Uai
A boca da máscara simbolizará uma vagina, o nariz e os olhos serão um pénis e os testículos. Os Cardadores são demónios de Carnaval hermafroditas mas só homens solteiros de Vale de Ílhavo podem envergar a vestimenta.
Uma das várias figuras “demoníacas” do folclore pagão português. Os cardadores saem à rua no Entrudo, calcorreando as ruas de Vale de Ílhavo, numa explosão de cor, som, cheiro e de caos momentâneo. Um susto divino! Onde a divindade não é Deus mas o seu oposto. A religião católica decidiu chamar-lhe diabo.
As máscaras são feitas com cotim, pele de carneiro, cortiça, bigodes de vaca ou de boi, duas asas de ave, fio, gazetas (fitas), fio de vela e perfume “Tabu”. O traje é constituído por roupa interior de mulher: a combinação, um lenço de tricana, meias e sapatilhas.
Todos os anos um grupo de homens mascarados, revivendo uma tradição imemorial, sai à rua, na povoação de Vale de Ílhavo, primeiro no “Domingo Gordo” e depois na terça-feira de Carnaval, para assustar os habitantes da terra. Chamam-lhes os Cardadores. A designação vem de cardar a lã com cardas e, neste caso, os cardadores “cardam” as pessoas.
O grupo é orientado por dois chefes. Os Cardadores saltam, roncam, cardam e cantam.
Mais informações na página da Associação Os Cardadores de Vale de Ilhavo.
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